Com o título “Um breve relato sobre a presença das mulheres na área de TI no mercado público e privado”, o professor Ivan de Oliveira manda artigo para o Blog. Ele aborda o mercado da tecnologia da informação e seus avanços. Principalmente da presença feminina. Confira:
Nos últimos anos, várias pesquisas vem mostrando o crescimento da presença feminina em cargos de TI, sobretudo no mercado corporativo privado.
Dentre as várias áreas de atuação, destaca-se o número representativo de mulheres assumindo cargos de liderança nas grandes corporações. Segundo pesquisa realizada pela CATHO, a presença feminina simplesmente dobrou na última década.
Esse merecido crescimento quantitativo e qualitativo se deve ao fato da superação das resistências da visão machista por parte de empreendedores da área de TI e da visão de que as mulheres estão cada vez mais estudando, aprimorando-se e preocupando-se com suas carreiras.
Hoje já é possível encontrar empresas com equipes guiadas pela combinação das habilidades femininas e masculinas e objetivadas na amplificação dos seus resultados e na expansão dos seus negócios decorrente desta sinergia de competências complementares de gênero. Apesar de as mulheres em TI, estatisticamente, ainda serem minoria em muitas empresas do setor de TI em nosso país.
Infelizmente, o fator resistivo para a consolidação da presença das mulheres na TI dá-se, principalmente, pelo fato de os cursos de graduação (e.g. Sistemas de Informação, Ciências da Computação, Engenharia e afins a tecnologia da informação) serem predominantemente frequentados por homens. Apesar do esforço das faculdades e das empresas em atrair cada vez mais mulheres para a área de TI.
Como acadêmico, profissional e militante político do setorial de TI, acredito que esta década 2011-2020 será a década da conquista das mulheres nos cargos de importância em TI (programadoras, desenvolvedoras, analistas, gestoras de projetos, consultoras, dentre outras), assim como aconteceu em muitos outros mercados nos quais elas já conquistaram posição de destaque, como ciências médicas, ciências sociais, contabilidade, direito, jornalismo e ciências em geral.
Acredita-se que, em um país no qual a chefe maior é uma mulher, a valorização de algumas características sabidamente femininas, em posições gerenciais, seja reforçada e ajude a aumentar a velocidade de conquistas pelas mulheres de mais cargos e maior participação delas na área de TI.
A presidenta Dilma Rousseff poderá acelerar este processo de consolidação e valorização das mulheres na área de TI através da orientação a seus ministros e suas ministras e seus secretários e suas secretárias para consideração das questões de gênero na definição de suas equipes de trabalho. Notadamente, a lista anunciada até o momento pelos ministérios e secretarias é predominantemente masculina para ocupar os cargos na área de tecnologia.
Poder-se-ia começar este processo nas principais empresas de TI fornecedoras do governo federal ou nos ministérios ligados à tecnologia, por exemplo, acatando as indicações oficiais e oficiosas dos setoriais nacional e estaduais de C&T.
Em caráter exemplificativo, o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) poderia acatar a indicação do setorial nacional de C&T para a companheira Eunides Maria Leite Chaves assumir uma diretoria nesta empresa; Karine Pinheiro poderia assumir o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) contemplando as questões de gênero e regional (Nordeste) simultaneamente; Cristina Mori poderia comandar a superveniente Secretaria de Inclusão Digital do Ministério de Comunicações; e diversas outras posições estratégicas que poderiam ser ocupadas por companheiras com competência técnica, compromisso com projeto político e sensibilidade social para transformar nosso país numa referência mundial na universalização dos serviços essenciais com a ajuda da tecnologia.
Antes de finalizar este breve relato deste militante do movimento pelas tecnologias livres e pela democracia socialista, destaca-se que assim como no mercado corporativo privado, no mercado corporativo público existem cargos de gestão nas empresas nacionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) que exigem a sensibilidade como uma característica fundamental para exercício de suas atividades laborais. Esta característica costuma ser muito desenvolvida nas mulheres.
Ressalta-se também que elas são disciplinadas por natureza, organizadas, compreendem melhor seus subordinados, trabalham melhor com suas dificuldades, são boas ouvintes e, ao mesmo tempo, sabem cobrar e ter uma postura firme.
Lembrem-se que não se está discutindo aqui a substituição de homens por mulheres, mas a sensibilização de homens e mulheres, ocupantes hoje de posições de decisão no setor de TI, que podem militar e fazer valer a valorização da presença feminina nas áreas de tecnologia, seja no mercado corporativo privado, sejam nos órgãos de governos e na academia.
Ivan de Oliveira,
Professor e profissional de T.I.
Nos últimos anos, várias pesquisas vem mostrando o crescimento da presença feminina em cargos de TI, sobretudo no mercado corporativo privado.
Dentre as várias áreas de atuação, destaca-se o número representativo de mulheres assumindo cargos de liderança nas grandes corporações. Segundo pesquisa realizada pela CATHO, a presença feminina simplesmente dobrou na última década.
Esse merecido crescimento quantitativo e qualitativo se deve ao fato da superação das resistências da visão machista por parte de empreendedores da área de TI e da visão de que as mulheres estão cada vez mais estudando, aprimorando-se e preocupando-se com suas carreiras.
Hoje já é possível encontrar empresas com equipes guiadas pela combinação das habilidades femininas e masculinas e objetivadas na amplificação dos seus resultados e na expansão dos seus negócios decorrente desta sinergia de competências complementares de gênero. Apesar de as mulheres em TI, estatisticamente, ainda serem minoria em muitas empresas do setor de TI em nosso país.
Infelizmente, o fator resistivo para a consolidação da presença das mulheres na TI dá-se, principalmente, pelo fato de os cursos de graduação (e.g. Sistemas de Informação, Ciências da Computação, Engenharia e afins a tecnologia da informação) serem predominantemente frequentados por homens. Apesar do esforço das faculdades e das empresas em atrair cada vez mais mulheres para a área de TI.
Como acadêmico, profissional e militante político do setorial de TI, acredito que esta década 2011-2020 será a década da conquista das mulheres nos cargos de importância em TI (programadoras, desenvolvedoras, analistas, gestoras de projetos, consultoras, dentre outras), assim como aconteceu em muitos outros mercados nos quais elas já conquistaram posição de destaque, como ciências médicas, ciências sociais, contabilidade, direito, jornalismo e ciências em geral.
Acredita-se que, em um país no qual a chefe maior é uma mulher, a valorização de algumas características sabidamente femininas, em posições gerenciais, seja reforçada e ajude a aumentar a velocidade de conquistas pelas mulheres de mais cargos e maior participação delas na área de TI.
A presidenta Dilma Rousseff poderá acelerar este processo de consolidação e valorização das mulheres na área de TI através da orientação a seus ministros e suas ministras e seus secretários e suas secretárias para consideração das questões de gênero na definição de suas equipes de trabalho. Notadamente, a lista anunciada até o momento pelos ministérios e secretarias é predominantemente masculina para ocupar os cargos na área de tecnologia.
Poder-se-ia começar este processo nas principais empresas de TI fornecedoras do governo federal ou nos ministérios ligados à tecnologia, por exemplo, acatando as indicações oficiais e oficiosas dos setoriais nacional e estaduais de C&T.
Em caráter exemplificativo, o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) poderia acatar a indicação do setorial nacional de C&T para a companheira Eunides Maria Leite Chaves assumir uma diretoria nesta empresa; Karine Pinheiro poderia assumir o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) contemplando as questões de gênero e regional (Nordeste) simultaneamente; Cristina Mori poderia comandar a superveniente Secretaria de Inclusão Digital do Ministério de Comunicações; e diversas outras posições estratégicas que poderiam ser ocupadas por companheiras com competência técnica, compromisso com projeto político e sensibilidade social para transformar nosso país numa referência mundial na universalização dos serviços essenciais com a ajuda da tecnologia.
Antes de finalizar este breve relato deste militante do movimento pelas tecnologias livres e pela democracia socialista, destaca-se que assim como no mercado corporativo privado, no mercado corporativo público existem cargos de gestão nas empresas nacionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) que exigem a sensibilidade como uma característica fundamental para exercício de suas atividades laborais. Esta característica costuma ser muito desenvolvida nas mulheres.
Ressalta-se também que elas são disciplinadas por natureza, organizadas, compreendem melhor seus subordinados, trabalham melhor com suas dificuldades, são boas ouvintes e, ao mesmo tempo, sabem cobrar e ter uma postura firme.
Lembrem-se que não se está discutindo aqui a substituição de homens por mulheres, mas a sensibilização de homens e mulheres, ocupantes hoje de posições de decisão no setor de TI, que podem militar e fazer valer a valorização da presença feminina nas áreas de tecnologia, seja no mercado corporativo privado, sejam nos órgãos de governos e na academia.
Ivan de Oliveira,
Professor e profissional de T.I.