sexta-feira, 15 de abril de 2011

Top 5: Piores erros da Microsoft

A Microsoft é uma grande empresa de tecnologia, conhecida por dominar o mercado de sistemas operacionais para computadores com o popular Windows. Mas ela é também uma das companhias mais criticadas, tanto por conta de suas práticas comerciais quanto, principalmente, pelos seus malfadados bugs em softwares que tanto irritam usuários.

Ao longo da história da companhia, fundada em 1975 pelo então adolescente Bill Gates, muitas gafes aconteceram nos momentos mais impróprios, como a infame aparição da tela azul "da morte" durante o anúncio do Windows 98, que envergonhou o seu já famoso presidente (confira no vídeo abaixo). Mas falaremos aqui de erros de planejamento e execução, coisas que poderiam ter saído muito melhor se a empresa tivesse pensado um pouco melhor nos produtos.

Erro 5 - Windows Millennium Edition

O Windows ME já começou errado. O sistema operacional foi lançado em setembro de 2000 com um nome brega e datado para substituir o Windows 98, versão mais avançada do software até então. No entanto, ele não conseguiu cumprir o papel e foi solenemente ignorado pelos usuários.

O sistema trouxe algumas inovações, como o suporte nativo ao MP3 (na época, ainda uma novidade), assistente de criação de redes domésticas e o necessário recurso de Restauração do Sistema. Mas sua instabilidade e incompatibilidade com alguns recursos que utilizavam o DOS fez com que o software ganhasse o apelido de Windows "Mistake Edition" (ou "Edição Erro", em português). Era difícil até mesmo instalar o programa no computador, e o infame som de erro era frequente.

E ele não durou muito também. Pouco mais de um ano depois de ser lançado, o ME foi substituído pelo Windows XP, uma das versões de maior sucesso da Microsoft, responsável por trazer vários recursos novos e uma interface completamente renovada. Pelo menos a empresa se recuperou logo do erro, ao contrário do que aconteceu com o nosso quarto colocado.


Erro 4 - Windows Vista

Muita gente ama o Vista. Atualmente na versão 6.0 e com o pacote de atualizações Service Pack 2, o sistema operacional está com usabilidade e estabilidade comparável ao do Windows 7. Mas o fato é que o sistema operacional precisou passar por muitas correções para solucionar problemas que o perseguiam desde a época do seu lançamento, em janeiro de 2007.

Conhecido como "Longhorn" pela Microsoft, quando foi anunciado em julho de 2005, o software tinha a difícil missão de substituir o bem sucedido Windows XP, lançado em 2001. A demora entre as duas versões do sistema gerou expectativas imensas, e as mudanças não foram tão bem recebidas, a começar pelo grande problema de incompatibilidade. Quando finalmente chegou ao mercado, o Vista contava ainda com poucos softwares desenvolvidos para rodar perfeitamente no sistema. Como o XP era ainda a plataforma dominante, muitos usuários ficaram frustrados por não poderem simplesmente usar os seus programas preferidos sem gambiarras.

Outra grande dor de cabeça era a configuração necessária para rodar. Ao contrário do que afirmavam as fabricantes de computador da época, poucas máquinas eram capazes de exibir todas as novidades gráficas e ferramentas que o Vista prometia. Na ocasião, era um sistema pesado e de difícil usabilidade, o que fez muitos usuários - e até mesmo empresas - preferirem permanecer com o XP. Pelo menos assim foi até a chegada do Windows 7.

Erro 3 - Tablets? Que é isso?

Desejo de consumo dos tecnófilos atualmente, os tablets viraram febre no mercado com grandes empresas investindo forte para combater o atual domínio da Apple com o iPad. E quem ficou de fora? Isso mesmo, a Microsoft, que tem participação praticamente inexistente na plataforma.

A Hewlett-Packard chegou a anunciar que iria fabricar o tablet Slate rodando Windows 7, durante uma conferência do diretor-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, na CES 2010, nos Estados Unidos. De fato o produto chegou a ser produzido, mas ninguém nem notou. E a HP vai investir mesmo é no TouchPad, que chegará às lojas com o sistema WebOS, da antiga Palm.

Isso acontece também porque o Windows 7 é essencialmente um sistema para computadores comuns. O máximo de flexibilidade dele é ser instalado em um netbook, mas ainda assim há restrições. O fato é que o s

oftware não tem grande usabilidade com a obrigatória interface touchscreen dos tablets, dificultando muito o seu uso. Veja o vídeo oficial da HP Slate clicando abaixo e tire suas próprias conclusões.

O Windows Phone 7, por sua vez, que poderia ser uma opção muito mais adequada para a plataforma, não convenceu ainda (muito menos o praticamente finado Windows Mobile 6.5). Talvez com o investimento forte da Nokia a partir do final do ano (ou começo de 2012) a situação melhore, mas ainda não há nem sinal de um aparel

ho com o sistema. Enquanto isso, a Microsoft só poderia observar a Apple, Samsung, Motorola e a própria HP assumindo a liderança desse valioso mercado. Aparentemente a situação deve mudar agora, depois que, durante o último keynote da Microsoft, foi revelada uma versão do Windows 7 para processadores ARM, mas isso ainda não é garantia de nada.

Erro 2 - Internet Explorer 6

Na verdade, esse não chega a ser um fracasso. O navegador foi o mais utilizado até 2009, mesmo tendo sido lançado em agosto de 2001 e com duas versões superiores já no mercado. Provavelmente foi a iniciação de muita gente à internet, em uma época em que computadores e internet começaram a se tornar uma realidade no Brasil.

O problema foi justamente a estagnação. O IE6 só foi ter um substituto em 2007 e, mesmo assim, não perdeu o trono. O browser só foi perder o primeiro lugar com a chegada do Internet Explorer 8 no ano seguinte. Mas dar tanto tempo para a concorrência não foi uma boa ideia.

Com constantes problemas de segurança (é o alvo preferido de worms, vírus e trojans até hoje), performance lenta e considerado pesado, o IE6 perdeu muito espaço com a chegada de alternativas entre os navegadores. O maior concorrente foi o Firefox, da Fundação Mozilla, que aproveitou para ganhar popularidade e se tornar o segundo browser mais utilizado. Outros vieram no embalo, como o Google Chrome e mesmo o Opera.

Obsoleto, o Internet Explorer 6 foi até mesmo alvo de uma campanha da Microsoft para seu desuso. A companhia incentivou a atualização para versões mais modernas do navegador, tamanha era a resistência de usuários e a vulnerabilidade do software obsoleto.

Erro 1 - Bing

Não estamos falando mal do sistema de buscas da Microsoft. Mas sim de, mais uma vez, a empresa ter sido negligente no mercado e ter observado rivais aparecerem com produtos eficientes. Nesse caso, a companhia praticamente permitiu a criação de um de seus maiores oponentes: o Google.

Com a popularização da internet, grandes mecanismos de busca foram criados. Até 1998, as maiores empresas no setor eram Altavista e Yahoo. Aí chegou o Google, fundado por Larry Page e Sergey Brin, com uma estratégia agressiva e trazendo bons algoritmos para mostrar resultados mais eficientes. E daí à sua popularização foi apenas um salto, tornando-se líder absoluto e eventualmente enveredando para outras áreas, como sistemas operacionais (Chrome OS e Android) e softwares baseados na web (Gmail e Doc), enfrentando a própria Microsoft.

Foi só em 2009 que a gigante do Windows, capitaneada por Steve Ballmer, resolveu se mexer e lançar o Bing, de fato um eficiente motor de busca. Hoje, a ferramenta já começa a incomodar o Google, alcançando 30% do mercado, contra 64% do rival.

Mas, nas palavras do próprio Ballmer, levou-se muito tempo para uma reação. "Eu provavelmente diria que teria começado antes", disse na ocasião do lançamento do Bing. E pode até ser tarde demais, já que muitos acreditam em um futuro dominado pelos tablets e smartphones, no qual a participação da Microsoft ainda é muito pequena. Certamente não é o que imaginou Bill Gates quando escreveu o best-seller A Estrada do Futuro, em 1995.

Fonte: http://www.techtudo.com.br/rankings/noticia/2011/04/top-5-piores-erros-da-microsoft.html



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