sexta-feira, 16 de julho de 2010

Exclusão Digital

A exclusão digital é um conceito dos campos teóricos da comunicação, sociologia, tecnologia da informação, História e outras humanidades, que diz respeito às extensas camadas das sociedades que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da expansão das redes digitais.

Contraste-se este conceito, por oposição, com a inclusão digital.

No Brasil, o termo "exclusão digital" é mais usado para se referir ao problema, indicando o lado dos excluídos, enquanto em outros idiomas os termos equivalentes a "brecha digital" ou "fissura digital" são preferidos (como no inglês digital divide e o francês fracture numérique). Os dois termos, porém, não são sinônimos perfeitos, pois enquanto "exclusão digital" se refere apenas a um dos lados da questão, "brecha digital" faz referência à própria diferença entre excluídos e incluídos.

A exclusão digital é atualmente um tema de debates entre governos, organizações multilaterais (ONU, OMC), e o terceiro setor (ONGs, entidades assistencialistas). Políticas de inclusão digital incluem a criação de pontos de acesso à internet em comunidades carentes (favelas, cortiços, ocupações, assentamentos) e capacitação (treinamento) de usuários de ferramentas digitais (computadores, DVDs, vídeo digital, som digital, telefonia móvel).

As comunidades carentes, os mais pobres e pessoas com uma posição econômica desprivilegiada são excluídas digitalmente, pois não tem acesso à tecnologia.

A relação entre exclusão digital e pobreza é uma realidade mundial. De acordo com o Mapa da Exclusão Digital, que analisou os dados do Censo 2000, o nível de escolaridade é ponto de importância não só na geração de renda, mas também no nível de inclusão digital dos estados brasileiros: os cinco mais incluídos são o Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, e os cinco mais excluídos são o Maranhão, Piauí, Tocantins, Acre e Alagoas.

A melhora da Inclusão Digital está ocorrendo vagarosamente, uma pesquisa de 2005 do IBGE que 79% dos brasileiros nunca acessaram a Internet. Apenas 21% (32,1 milhões) entrou pelo menos uma vez na Internet. Do público que entra na Internet a grande maioria acessa via conexão discada, a banda larga ainda está pouco difundida.

A Exclusão digital atinge as partes mais pobres do país, onde ainda não chegaram computadores, internet, celular etc. As pessoas que nunca viram ou usaram um computador é denominada Sem-Tela no popular. Muitas escolas já aderiram a laboratórios de informática, porém ainda há escolas nas regiões mais pobres que ainda não tem esse tipo de recurso.

Em fim, a exclusão digital é equivalente à exclusão cientifica. O fato de ter no laboratório da escola manipulado de maneira limitada um microscópio simples, não o coloca entre os biólogos. Calcular a velocidade de um corpo não torna você um físico. O físico tem uma sinergia com a ciência que se propôs estudar, tem uma subjetividade em relação ao assunto, muito útil e contextualizada. Um incluído digitalmente deve primeiro ter sinergia com o tratamento de informações, uma pessoa que é organizada já o tem de algum modo, e em um segundo momento ela deve ter a capacidade de ampliar essa sinergia com o uso de elementos eletrônicos (Que hoje pode ser desde um smartphone até uma tv conectada à internet). Em um futuro onde você poderá ligar seu cérebro diretamente com memórias eletrônicas, dirão que os primeiros eram pseudo-incluídos e os novos incluídos digitais reais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar este blog