Capital cearense registrou acumulado de 667,6 mm, quase cinco vezes mais que o esperado para o mês. SP também teve recorde.
A cidade de Fortaleza (CE) fechou o mês de janeiro com o acumulado de 667,6 mm de chuva, recorde absoluto desde quando se começou a medição pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1961. A capital cearense conseguiu superar as cidades de São Paulo - que também registrou recorde de chuva este ano - e do Rio de Janeiro juntas. Somando a média das duas capitais chega-se a 645,6 mm.
Somente com a forte chuva ocorrida nos dias 05 e 25 de janeiro, com 119 mm e 126,3 mm, respectivamente, a cidade superou a expectativa para todo o mês. Ainda assim, não foram registrados danos significativos na cidade. Nenhuma pessoa morreu, de acordo com a Defesa Civil Municipal, e apenas 27 estão em abrigos públicos. Rio de Janeiro também não teve mortes, já a capital paulista contabilizou 4 vítimas fatais no mês em decorrência dos temporais, segundo a Defesa Civil do Estado.
Segundo o meteorologista Edinaldo Correia de Araújo, do Inmet Recife, o recorde anterior em Fortaleza ocorreu em 2004, quando foram registrados 447,2 mm de chuva. A média para janeiro é de 135,2 mm, índice quase 5 vezes inferior ao que choveu em 2011. Não houve nenhuma ocorrência extraordinária e a explicação para tanta água, diz ele, foi o encontro da umidade na superfície com uma faixa de nebulosidade vinda do Atlântico, associada às altas temperaturas.
SP, Rio e Minas
A capital paulista terminou janeiro com 493,7 mm de chuva, o maior índice desde 1943, quando se começou a medição. O número é maior até mesmo que o de 2010, quando a cidade teve chuva em 29 dos 31 dias do mês. Naquele ano, caíram 480,5 mm de água sobre o município.
O Estado do Rio de Janeiro viveu um janeiro de extremos. Enquanto a região serrana foi devastada por enxurradas, que deixaram mais de 800 mortos e ainda centenas de desaparecidos, quase toda a capital fluminense teve chuva abaixo da média.
Segundo informações do Inmet Rio, na região da Praça Mauá, no centro da cidade, choveu apenas 78,2 mm, mais de 50% a menos que o previsto. A região de Santa Cruz teve índice de 70,8 mm, também menos da metade do que normalmente é registrado.
Diferentemente de todas as outras capitais do País, a medição na capital fluminense é feita por região e o Inmet não divulga dados totais. Contudo, somadas todas as zonas e divididas por sete, chega-se a 151,9 mm.
Teresópolis, uma das cidades mais destruídas pela chuva de 12 de janeiro, registrou acumulado de 328,3 mm, 13,1% a mais que a média. Em Friburgo, choveu 467,2 mm, 100% a mais. Somente no dia da tragédia, a cidade teve acumulado de 182,8 mm.
Minas Gerais foi outro Estado fortemente atingido pelas chuvas de janeiro. O último boletim da Defesa Civil do Estado, divulgado nesta terça-feira, mostra 108 cidades em situação de emergência. Há 21.473 pessoas fora de casa, entre desalojados e desabrigados.
De acordo com o meteorologista Jorge Moreira, do Inmet MG, São Lourenço foi o município com o maior acumulado, ultrapassando em 93,7% a média. Belo Horizonte teve 303, 5 mm, pouco mais de 10% a mais que o esperado.
"Foi um volume considerável para a região. O evento é o mesmo que ocorreu em São Paulo e no Rio de Janeiro, com o estacionamento da Zona de Convergência na 1ª quinzena do mês, ou seja, a interação entre a umidade da Amazônia e a frente fria do litoral", afirma.
Sul
Todas as capitais dos Estados da região Sul tiveram chuva acima da média. Contudo, algumas localidades do Rio Grande do Sul, como Bagé, tiveram apenas metade do acumulado normalmente registrado.
Na capital gaúcha choveu 135,7 mm (média de 100 mm), em Curitiba (PR) 338,6 mm (média de 165 mm) e em Florianópolis (SC) 296,4 mm (média de 100).A capital catarinense já tem 71 cidades em emergência.
A cidade de Fortaleza (CE) fechou o mês de janeiro com o acumulado de 667,6 mm de chuva, recorde absoluto desde quando se começou a medição pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1961. A capital cearense conseguiu superar as cidades de São Paulo - que também registrou recorde de chuva este ano - e do Rio de Janeiro juntas. Somando a média das duas capitais chega-se a 645,6 mm.
Somente com a forte chuva ocorrida nos dias 05 e 25 de janeiro, com 119 mm e 126,3 mm, respectivamente, a cidade superou a expectativa para todo o mês. Ainda assim, não foram registrados danos significativos na cidade. Nenhuma pessoa morreu, de acordo com a Defesa Civil Municipal, e apenas 27 estão em abrigos públicos. Rio de Janeiro também não teve mortes, já a capital paulista contabilizou 4 vítimas fatais no mês em decorrência dos temporais, segundo a Defesa Civil do Estado.
Segundo o meteorologista Edinaldo Correia de Araújo, do Inmet Recife, o recorde anterior em Fortaleza ocorreu em 2004, quando foram registrados 447,2 mm de chuva. A média para janeiro é de 135,2 mm, índice quase 5 vezes inferior ao que choveu em 2011. Não houve nenhuma ocorrência extraordinária e a explicação para tanta água, diz ele, foi o encontro da umidade na superfície com uma faixa de nebulosidade vinda do Atlântico, associada às altas temperaturas.
SP, Rio e Minas
A capital paulista terminou janeiro com 493,7 mm de chuva, o maior índice desde 1943, quando se começou a medição. O número é maior até mesmo que o de 2010, quando a cidade teve chuva em 29 dos 31 dias do mês. Naquele ano, caíram 480,5 mm de água sobre o município.
O Estado do Rio de Janeiro viveu um janeiro de extremos. Enquanto a região serrana foi devastada por enxurradas, que deixaram mais de 800 mortos e ainda centenas de desaparecidos, quase toda a capital fluminense teve chuva abaixo da média.
Segundo informações do Inmet Rio, na região da Praça Mauá, no centro da cidade, choveu apenas 78,2 mm, mais de 50% a menos que o previsto. A região de Santa Cruz teve índice de 70,8 mm, também menos da metade do que normalmente é registrado.
Diferentemente de todas as outras capitais do País, a medição na capital fluminense é feita por região e o Inmet não divulga dados totais. Contudo, somadas todas as zonas e divididas por sete, chega-se a 151,9 mm.
Teresópolis, uma das cidades mais destruídas pela chuva de 12 de janeiro, registrou acumulado de 328,3 mm, 13,1% a mais que a média. Em Friburgo, choveu 467,2 mm, 100% a mais. Somente no dia da tragédia, a cidade teve acumulado de 182,8 mm.
Minas Gerais foi outro Estado fortemente atingido pelas chuvas de janeiro. O último boletim da Defesa Civil do Estado, divulgado nesta terça-feira, mostra 108 cidades em situação de emergência. Há 21.473 pessoas fora de casa, entre desalojados e desabrigados.
De acordo com o meteorologista Jorge Moreira, do Inmet MG, São Lourenço foi o município com o maior acumulado, ultrapassando em 93,7% a média. Belo Horizonte teve 303, 5 mm, pouco mais de 10% a mais que o esperado.
"Foi um volume considerável para a região. O evento é o mesmo que ocorreu em São Paulo e no Rio de Janeiro, com o estacionamento da Zona de Convergência na 1ª quinzena do mês, ou seja, a interação entre a umidade da Amazônia e a frente fria do litoral", afirma.
Sul
Todas as capitais dos Estados da região Sul tiveram chuva acima da média. Contudo, algumas localidades do Rio Grande do Sul, como Bagé, tiveram apenas metade do acumulado normalmente registrado.
Na capital gaúcha choveu 135,7 mm (média de 100 mm), em Curitiba (PR) 338,6 mm (média de 165 mm) e em Florianópolis (SC) 296,4 mm (média de 100).A capital catarinense já tem 71 cidades em emergência.
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